REALIDADES PERIFÉRICAS E EDUCAÇÃO: O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DE GEOGRAFIA COMO ESPAÇO DE ANÁLISE E AÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56346/ijsa.v7i9.283Palavras-chave:
Teaching of Geography. Political-Pedagogical Project. Reflection.Resumo
Os Estágios Obrigatório Supervisionados na Geografia são considerados por muitos estudantes um dos momentos mais desafiadores do curso, pois lhe proporcionam o primeiro contato com o ambiente escolar em uma nova função, a de futuro professor(a). Esta ansiedade pode ser percebida mais veemente ao realizar estágios no que se refere às escolas em bairros periféricos, as quais oferecem pouco recursos e muitas vezes uma infraestrutura precária, além dos problemas sociais e econômicos enfrentados pelos alunos, somados a negligência estatal no entorno escolar, como a infraestrutura em ruas próximas, assim dificultando o acesso. Em meio a este cenário, adiciona-se o retorno escolar do pós-pandemia, apresentando um elevado déficit de aprendizagem devido ao período remoto em que professores, e principalmente alunos, enfrentavam dificuldades de recursos tecnológicos que pudessem assegurar pelo menos o mínimo de aprendizado. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo analisar o Estágio Curricular Supervisionado em Geografia na escola. O método utilizado é baseado no materialismo histórico e dialético, que concebe a realidade social na sua totalidade e as contradições relacionadas ao Estágio Curricular Supervisionado em Geografia. Consequentemente, para tais reflexões e resultados foram utilizados trabalhos que abordam de maneira exemplar os temas aqui apresentados, dando ênfase à importância das reflexões sobre a prática numa tentativa de maximizar os resultados de maneira contínua, pois se constrói um ciclo de prática e reflexão, uma verdadeira práxis.
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